Nem adianta o céu azul lá fora,
menos ainda o calor que se anuncia para perto do meio dia: há muito pra fazer e
quase nada daquele ímpeto necessário ao cumprimento das coisas. Passeio pela
casa como se não me dissesse respeito tudo o que precisa acontecer. Faço listas
que posso imaginar cumprir, mas só até o momento de terminá-las. Rasgo-as. E
começo outras.
Ao menos comprarei o que falta.
Embora disso dependa sair, andar e escolher. Não quero nenhum dos três: quero o
estado de parada atenção interna, e mais nada. Há um vulcão dentro de mim em processo
de doma, e eu quero perceber o exato momento em que o que é não basta e o
vulcão consegue galgar-me a superfície. Para que aprenda qual é o momento, e o
momento não me surpreenda ao abrir a porta.
Alguns dos filhos aparecem a
intervalos regulares. Não posso ajudá-los,
cada um de nós numa solidão de compartilhamento difícil.
Há experiências de vida assim;
descem lentas como orvalho a meio da madrugada, escorrem como luzidios fios de
cristal quando a alvorada se anuncia, e se transformam em mil cores boiando num
lago em que mergulho a minha sede, mas sem conseguir saciá-la. Porque o lago é
um espelho, e deste lado só vejo o reflexo. Sem mergulho.
Só nuvens num dia cor de azul celeste.
É tão bom vir a este cantinho ler estas palavras que são tuas mas parece que estão também dentro de mim. Obrigada.
ResponderExcluirQuerida - e eu adoro que visites este cantinho, assim como eu ando pelo teu às vezes, a ver o que as tuas mãos fazem.
ExcluirQuisera poder dizer-te: sossega, está tudo bem e no seu tempo. Mas o que quero dizer é: por que a gente sempre tem que ir embora?
ResponderExcluirSaudades...
Antô
Antô Antô - par que sempre possamos chegar, talvez?!
ExcluirVô te seqÜestrar!!!!!!!!!!
ResponderExcluirRsrsrsrs... não estou sequestrável, que pena!
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